3 de setembro de 2008


Das taveiradas de antanho

Perguntei-me, muitas vezes, ao longo dos anos, de onde viria a inspiração para o disparate, a um certo arquitecto-cineasta, que tão bem se abotoa com o dinheiro.
A resposta chega-me do meio do capítulo IV, do atrás citado livro do Eça:
"Numa antecâmara,guarnecida de banquetas de marroquim, devia estacionar, à francesa, um criado de libré. A sala de espera dos doentes alegrava com o seu papel verde de ramagens prateadas, as plantas em vasos de Ruão, quadros de muita cor, e ricas poltronas cercando a jardineira coberta de colecções do Charivari, de vistas estereoscópicas, de álbuns de actrizes semi-nuas para tirar inteiramente o ar triste de consultório, até um piano mostrava o seu teclado branco.
(...)
Alguns amigos que começavam a cercar Carlos, Taveira, seu contemporâneo e agora vizinho do Ramalhete (...) Taveira absorveu-se nas fotografias de actrizes..."

A colorida resposta para os estádios, amoreirices e edifícios Totobola é, afinal, histórica. Runs in the family...

2 comentários:

salamandrine disse...

:DDDD

dizia eu que o Eça é uma má influência eheheheh

Lúcia disse...

Lá está: intemporalidade do Eça.:)
Bem apanhado!